Aspectos Econômicos da Grécia

Grécia Antiga - Vida Econômica

A economia grega teve, no seu início, um caráter nitidamente agrícola e familiar. Cada agregado familiar bastava-se a si mesmo. Enquanto o homem construía a casa, cultivava a terra, fabricava as armas, a mulher tratava da vida interior do lar, cozinhando, lavando, confeccionando as roupas.
O sistema de trocas, forma primitiva da vida econômica, começa, contudo, já a esboçar-se, do que nos dão conta os poemas homéricos em que vemos os pastores trocarem a lã e o leite de seus gados por utensílios e produtos que vão buscar nas povoações vizinhas. É ainda um sistema rudimentar, mas que já anuncia uma mais vasta transformação. Os grandes domínios desaparecem, ou ficam limitados a um pequeno número, e a terra, até aí abandonada ou coberta de florestas, começa a ser racionalmente aproveitada. Em breve o sistema de trocas aperfeiçoa-se, por mostrar-se insuficiente.

Moeda

Com o passar do tempo, os povos evoluíram, e aparece a necessidade de criar um sistema mais aperfeiçoado de troca. Foi o início da criação da moeda.
Nos séculos VII e VIII, o ouro, o cobre e o ferro fazem a sua aparição, como matéria prima utilizáve cunhada, isto é, aquela em que o fabricante garante, pela sua marca e sua efígie, o peso e a qualidade, só posteriormente começa a ser difundida.
A moeda aligeira-se e passa a ser fabricada apenas em ouro e prata, acabando finalmente por se tornar monopólio do estado.
Com a difusão do uso da moeda, criam-se diferentes sistemas monetários, e como conseqüência disso, as minas de ouro e prata da Grécia, são rapidamente esgotadas.
Só Esparta conserva a sua pesada e imprópria moeda de ferro, que se mantém em uso até o começo do século III.
Hoje o euro converteu-se na moeda de curso oficial na Grécia. Existem notas de maior valor: de 500 euros, 200 euros, 100 euros e 50 euros e circulam, também, notas de menor valor: de 20 euros, 10 euros e 5 euros.


                                                                Moeda Antiga  



                                                               Moeda Atual 

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A Economia na Ilha de Creta

No início, houve preocupação com a agricultura de: oliva, vinha, trigo, milho miúdo, legumes, ameixeira, figueira, ..., e com o comércio marítimo com as outras ilhas do Mar Egeu, com o Egito e com a Ásia. Com o comércio marítimo, podiam oferecer saída aos produtos da ilha e de suas indústrias e meios de obter produtos alimentícios que o solo não conseguia proporcionar em grande quantidade. Exportavam azeite, vinho, tecidos, armas de bronze, jóias e uma admirável cerâmica.
Expandindo-se pelo mar, os cretenses fundaram diversas colônias, entre as quais Micenas, Tirinto e Tróia.
A indústria Cretense era parcialmente controlada pelo Estado. Fabricavam tecidos, ferramentas, utensílios domésticos, vasos e jóias. Havia divisão de trabalho e produção em larga escala.

A Ilha de Creta Atualmente

As ilhas do Egeu, no mar de mesmo nome, são em geral rochosas, especialmente ao sul. As ilhas do norte compreendem Quios, Lesbos, Lemnos, Samotrácia e o grupo das Cíclades, uma das áreas mais atrasadas da Grécia, e as do Dodecaneso. A histórica Rodes , a maior desse grupo, é importante atração turística.




A Evolução Grega

Em algumas cidades, a agricultura foi substituída por outras atividades econômicas, que atraíram elementos estrangeiros e provocaram o aumento do números de escravos. As classes que não participavam da política aumentaram, numericamente, enquanto se agrupavam na cidade propriamente dita. Com isso, tomaram consciência da força que possuíam que até então haviam ignorado por causa de sua vida dispersa na lavoura.
O aparecimento da moeda foi outro fator da revolução da econômica. Riquezas móveis se constituíram e, houve descontentamento entre as classes sociais inferiores. As lutas políticas sucediam-se. Como solução, promulgaram-se leis para regulamentarem as relações de classes.
Os excessos de luxos constituíram uma das preocupações de quase todos os legisladores. Conhecem-se leis de Pítacos, Sólon e Zaleucos relativas ao uso de jóias femininas e cortejos fúnebres.
Com a crise, o regime aristocrático propiciou o surgimento da tirania, representada pelo menos por duzentos tiranos distribuídos ao longo da história grega.
Os tiranos gregos tinham como principal intuito serem aceitos pelo mundo como protetores da justiça e da religião, e procuravam rodear-se de literatos e de artistas, que os transformavam em elementos benfeitores, conseguindo-lhes com isso simpatia e prestígio.

Economia da Grécia
 
A Grécia experimentou um rápido desenvolvimento econômico depois da segunda guerra mundial, apesar da limitação de seus recursos naturais e da excessiva burocratização. O país vinculou-se economicamente à Comunidade Econômica Européia (CEE) em janeiro de 1981 e, em julho de 1992, o Parlamento ratificou a adesão grega à União Européia, regulada pelo Tratado de Maastricht. Embora a economia grega tenha se baseado tradicionalmente na iniciativa privada, a intervenção pública aumentou bastante -- sobretudo com a chegada ao poder do Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok), em 1981 -- até controlar mais de dois terços da atividade econômica, especialmente produção de energia, estaleiros, comunicações, seguros e bancos. A partir de 1970 observou-se uma queda significativa no número de pessoas empregadas na agricultura e um aumento proporcional de trabalhadores nos setores industrial e de serviços.

Agricultura, pecuária e a pesca

Aproximadamente trinta por cento da superfície total da Grécia são aráveis, sessenta são usados como pastos ou estão cobertos por florestas e os outros dez são improdutivos. A produção agrícola é economicamente importante, apesar do solo rochoso, das chuvas escassas, do excesso de minifúndios e da utilização de técnicas agrícolas obsoletas. As principais lavouras são as de trigo, cevada, arroz, algodão, fumo e batata, no norte; as regiões centrais, o sul e as ilhas produzem melões, figos, tomates, uvas e azeite. A pecuária é constituída, principalmente, de rebanhos ovinos e caprinos; na Tessália, há criação de gado bovino. Os produtos florestais não são economicamente importantes.
A grande extensão do litoral e a tradição marítima impulsionaram a modernização da frota pesqueira. Entretanto, o relativo esgotamento piscícola do Mediterrâneo transformou a Grécia em importador de produtos da pesca.

Energia e mineração

A produção de energia elétrica, baseada na linhita e nas quedas-d'água, aumentou a partir de 1950, em virtude de investimentos feitos pela Empresa Pública de Energia, que contou com ajuda financeira e técnica dos Estados Unidos. A Grécia não é rica em recursos minerais, exceto em bauxita, de que é um dos principais produtores europeus. Há também produção de linhita, manganês, ferro, zinco, chumbo, ouro e diamantes. A produção de petróleo e de gás natural no norte do mar Egeu começou em 1981.
Algumas empresas de grande porte, concentradas em Atenas e Tessalonica, dividem a atividade industrial com milhares de pequenas empresas que não empregam mais de dez trabalhadores por unidade. Devido às fortes diferenças regionais, a CEE considerou que todo o território da Grécia, à exceção da Ática e da Tessalonica, reúne os requisitos necessários para receber ajuda do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional.

Finanças e comércio

O Banco da Grécia, fundado em 1928, dirige a política monetária do país e supervisiona todas as operações bancárias. As ruínas da antiga civilização helênica, as aprazíveis ilhas e o clima ensolarado fizeram da Grécia uma potência turística. O turismo e as remessas dos imigrantes e marinheiros compensa parcialmente o déficit do comércio exterior e o saldo negativo da balança de pagamentos. As principais importações consistem em petróleo, maquinaria e produtos químicos e alimentícios. As exportações incluem alimentos, bebidas, madeira e diamantes.
O transporte terrestre, tanto rodoviário como ferroviário, tem menos importância que o marítimo, já que a Grécia conta com uma das maiores frotas mercantes do mundo.
O transporte aéreo é servido por uma companhia nacional e várias companhias estrangeiras. O país dispõe de modernos aeroportos, especialmente em Atenas e Creta.


Indústria

Algumas empresas de grande porte, concentradas em Atenas e Tessalonica, dividem a atividade industrial com milhares de pequenas empresas que não empregam mais de dez trabalhadores por unidade.
Devido às fortes diferenças regionais, a CEE considerou que todo o território da Grécia, à exceção da Ática e da Tessalonica, reúne os requisitos necessários para receber ajuda do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional.



Ultimas noticias sobre a Grécia .

A Economia da Grécia inclui-se entre as economias desenvolvidas. O capitalista do tipo misto, com grande participação do setor público (40% do PIB) e renda per capita de aproximadamente 2/3 daquela registrada nos principais países da Eurozona.

Em 2009, a Grécia foi a 34ª economia do mundo, com um PIB de 341 bilhões de dólares (estimativa), medido em termos de paridade do poder de compra.

A indústria responde por 20.7% do PIB, a agricultura por 5.1%, enquanto que o setor de serviços responde por cerca de 74.4%, com destaque para o turismo que gera cerca de 15% das receitas do país. Por outro lado, apresenta um déficit comercial constante, em 2009 as importações totalizaram 64 bilhões contra exportações de 21 bilhões.

A Grécia é um dos países que mais se beneficiaram da uniãoo dos países europeus. Obteve um crescimento de 3,3% em sua economia a união e vem obtendo taxas de crescimento na casa dos 4% desde o ano 2000, excedendo em mais de 1% a mídia da União Européia.

A população ativação de 4,93 milhões de pessoas. Em 2006, 17% estavam no setor primário, 20% no secundário e 63% no terciário.

A partir de 2009, a Grécia enfrenta a uma importante crise econômica e das finanças públicas. A taxa de desemprego, que em 2007 era de 8.0%, passou a 9,5% em 2009, e segundo a Comissão Europeia, deve aumentar para 11,8% em 2010, e para 13,2% em 2011. O deficit orçamentário, em 2009, chegou a 13,6% do PIB. Segundo a Comissão, deve baixar para 9,3% em 2010 mas, em 2011, deve crescer um pouco, passando a 9,9% do PIB. O PIB da Grécia, por sua vez, deve cair cerca de 3,0% em 2010, e 0,5% em 2011. A dívida pública, estimada em 115,1% do PIB para 2010, deverão atingir 124,9% em 2011, o maior índice entre os 27 países da União Europeia. A Comissão projeta 3,1% de inflação, para 2010 e de 2,2% em 2011.
Em abril de 2010, o governo socialista, eleito em outubro de 2009, pediu ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Zona Euro para enfrentar a crise. Em maio, anuncia um plano de austeridade, visando reduzir o deficit público.